sábado, 9 de junho de 2012

Desenvolvimento motor e sensorial na criança

O desenvolvimento sensório-motor é considerado, pelo construtivismo de Piaget, a 1ª fase da formação da criança, que dura deste o nascimento até ao 18º mês de vida. A criança procura adquirir controlo motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. Esse estágio chama-se sensório-motor, pois o bebé alcança o conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas.


Desenvolvimento Motor

                 A imagem que se segue, mostra as etapas do Desenvolvimento Motor de uma criança no momento em que ela começa a gatinhar, até à sua autonomia para se por em pé.

No desenvolvimento motor  observamos as mudanças no comportamento motor que envolve tanto a maturação do sistema nervoso central,  como a interação com o ambiente e os estímulos dados durante o desenvolvimento da criança.

- Progressão Céfalo-caudal - o desenvolvimento motor segue uma progressão partindo da cabeça, seguindo da cintura escapular, abdominal, pélvica até aos membros inferiores. É necessário um ano para a criança alcançar uma mobilidade dependente.

Ex.: o período neonatal, os bebés controlam primeiro a musculatura da cabeça, pescoço e tronco e só mais tarde das pernas e dos pés; 

- Progressão próximodistal - controle da musculatura do centro do corpo às extremidades. Acontece em relação aos processos de crescimento do corpo e nos ganhos de habilidade motoras. 

Ex.: a criança ganha mais depressa controle no tronco do que nos pés ou mãos..

- Progressão da ação concentrada para específica - movimentos como pegar em objetos tornam-se fluidos, uma vez que o bebé já tem em  conta as características do objeto e do ambiente em questão.


Desenvolvimento Sensorial 

Os sentidos de uma criança, nomeadamente o paladar, o olfato, a audição e a visão, não lhe são inatos à nascença, a criança passa por vários processos de adaptação para os desenvolver. A este conjunto de processos dá-se o nome de Desenvolvimento Sensorial.

Há três sentidos que o bebé desenvolve ainda no período de gestação dentro do útero. São eles o paladar, que é notório desde cedo, pois criança alimenta-se do leite da mãe e sabe distinguir o seu sabor, por exemplo, se lhe derem água, o bebé recusa porque nota a diferença.

O olfato é também um destes três sentidos que se desenvolvem cedo, ainda no período embrionário o recém-nascido consegue distinguir odores experienciados pela mãe. A audição é o terceiro destes sentidos que se desenvolve ainda no útero. Quando nascem, os bebés já possuem audição, suficientemente apurada para serem capazes de descriminar o que gostam de ouvir sendo que no topo da lista de preferências está a voz da mãe.

Quanto à visão, ela é muito primitiva no nascimento, uma vez que é a única que não recebe estimulação durante a gestação. Assim sendo, à nascença a criança consegue ver, no entanto só consegue distinguir manchas que são a preto e branco, não conseguindo focar os olhos. A definição das formas só acontece com o passar do tempo, à medida que também a distinção das cores começa a ser-lhe possível, mas só com um ano de idade é que o bebé consegue coordenar o movimento dos olhos com os movimentos do corpo.


                Atualmente, os pais não têm tempo necessário para estarem com os filhos devido às cargas horárias de trabalho que são sujeitos diariamente e recorrem, por vezes, às ajudas de professores que se encontram em cresces e escolas.  No meu ponto de vista é importante para um professor, tal como os pais, saberem como lidar com uma criança recém-nascida e durante os seus primeiros meses de desenvolvimento, pois é nesse período que observamos uma mudança de comportamento motor que envolve tanto a maturação do sistema nervoso central,  como a interação com o ambiente e os estímulos dados durante o desenvolvimento da criança. Portanto, o papel dos país é acompanhar esse desenvolvimento do filho para a prevenção de atrasos do seu crescimento motor. Não estando os país a acompanhar a criança, é obvio que o professor nessas alturas têm que se comportar como um educador secundário e por isso a importância de se saber bem estas etapas de desenvolvimento motor e sensorial da criança.

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