segunda-feira, 4 de junho de 2012

Contributo de Sigmund Freud para a Psicologia do Desenvolvimento

Sigmund Freud para além de nós dar uma nova conceção da psicologia humana, trazendo-nos a teoria do iceberg, e mostrando-nos um pouco mais sobre o seu principal objeto de estudo, o inconsciente, trouxe nos seus estudos também um contributo, talvez importante, para a psicologia do desenvolvimento. Estudos esses que no falam acerca do desenvolvimento emocional durante a infância humana.

Então à semelhança de Piaget, Freud também era da opinião de que a criança atravessa estádios. Mas os estádios psicanalíticos não se referem à qualidade do raciocínio e, sim, ás zonas corporais mais altamente ligadas aos lugares do corpo onde são encontradas as fontes primárias de prazer. Freud caraterizou então esses estádios por psicossexuais, sendo eles, o oral, o anal, o fálico, o período de latência e o genital.

Durante a infância, a área ao redor da boca e as atividades da alimentação são concentradas de energia e o bebé experimenta um grande prazer com a atividade oral, através do sugar, do morder, etc. Daí o nome estádio oral. Este estádio representa, então, a fase desde o nascimento até aos 18 meses/2anos.

No decorrer do segundo e terceiro anos de vida, a região anal passa ser mais concentrada em termos de energia mental. A criança experimenta agora uma grande satisfação através da estimulação da área do reto, em consequência das suas próprias atividades eliminatórias, e do tato, banho e odor na região anal e dos seus produtos. Esta fase é fortemente marcada por reforço do Super Ego. Daí o nome de estádio anal.

Durante os anos pré-escolares, dá-se estádio fálico. Nessa época a criança inicia o seu processo de identificação com o pai do mesmo sexo, devido ao complexo de Édipo. Freud acreditava que a criança, no estágio fálico, tem desejos fantasiosos de afeição sexual pelo pai de sexo oposto. Inconscientemente, a criança tem medo de que o pai do mesmo sexo que o seu venha a saber de seus desejos e fique chateado com ela. A fim de reduzir a ansiedade de possível punição do pai de mesmo sexo a criança defende-se identificando-se com este; um processo similar ocorre com um adulto que se afilia ao grupo que o domina. A identificação da criança fá-la adotar os valores do pai de mesmo sexo. A maior parte desses valores são do tipo “permitido - proibido”. Devido ao facto de que a força do superego da criança influirá nos tipos de sintomas que mais tarde ela desenvolverá, se este for o caso, a complexidade do complexo de Édipo/Electra será um determinante fundamental da personalidade adulta. Esta é, então, a fase do exibicionista, pois descobre que o corpo dos rapazes e da raparigas é diferente, dá-se então a definição da identidade sexual do indivíduo.

O quarto estádio, o período de Latência, dá-se entre os 6 anos e o início da adolescência, e a fase em que a criança deixa a fase exibicionista, deixa de ligar quase que por completo ao sexo oposto, tendo como principal caminho a curiosidade intelectual.

Por ultimo, na adolescência, dá-se o estádio genital. Nesta fase, a sexualidade desperta de novo e com grande intensidade, pois dá-se a maturação orgânica e os impulsos desencadeados pela consequente produção de hormonas sexuais. Neste estádio dá-se, ainda, uma reativação dos conflitos vividos na infância, tendo eles influência nesta fase da adolescência.


Na nossa opinião e como conclusão a estes estudos de Freud, no momento atual, estas ideias devem ser consideradas hipotéticas, pois são sem dúvida imaginativas.

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