domingo, 10 de junho de 2012

Importância da Psicologia do Desenvolvimento para o profissional do desporto


O desporto tem, invariavelmente, uma vertente psicológica muito acentuada e, quando pensamos em desporto para todos, isso acentua-se ainda mais. Durante o século passado, o conceito de desporto foi-se alargando, deixando de ser só desporto de alto rendimento e passando a englobar desde desporto escolar a atividades de lazer e recreação e até como forma de amenizar problemas de saúde.

                Nesta perspetiva, cabe ao profissional do desporto conhecer todas as fases do desenvolvimento humano, assim como as suas estruturas físicas e mentais. A psicologia do desenvolvimento oferece, neste capítulo, um grande contributo.

                Em termos de desenvolvimento físico na adolescência, cabe ao professor lidar com as diferenças entre sexos e com o possível atraso ou adiantamento de desenvolvimento de alguns alunos.

                A temática da experiência precoce mostra a importância de os estímulos serem dados na altura certa a uma criança, pois se forem dados antes ou depois do período crítico, a aprendizagem não será eficaz e pode até ter consequências negativas.

                No desenvolvimento cognitivo, Piaget teoriza que as crianças têm estruturas mentais diferentes dos adultos (ao contrário do que se pensava até então), e não se diferenciam apenas pelo acumular de experiência. É importante para o profissional do desporto ter esta ideia.

                Freud e Erikson contribuíram também com matérias interessantes para o profissional do desporto, pois é importante perceber quais as áreas de maior interesse para a criança ou adolescente, e também para o adulto, em cada fase do seu crescimento para, assim, potenciar o seu entusiasmo pela aula/treino.

                As teorias de desenvolvimento moral de Piaget e Kohlberg também nos ajudam a conhecer a forma como os jovens avaliam o seu próprio comportamento e o dos outros, podendo ser um importante contributo para a resolução de conflitos.

                Outra das temáticas interessantes abordadas foi a controvérsia Hereditariedade vs Meio, sempre um aspeto de relevo para o desporto, principalmente para o de alto rendimento. Há certas características humanas que são fortemente influenciadas pelos genes, outras menos. Mas é óbvio que mesmo características hereditárias excelentes têm que ser extremamente trabalhadas para se alcançar o sucesso. Assim, vemos que hereditariedade e meio envolvente são dois agentes que muito influenciam o desenvolvimento.

                Em suma, a cadeira de psicologia do desenvolvimento é muito útil à nossa formação, pois sejamos nós professores ou treinadores procuramos sempre desenvolver capacidades nos alunos/atletas e é importante conhecer as variáveis que influenciam esse desenvolvimento.
Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget

No mundo moderno, muito provalvelmente, Piaget é uma das figuras de maior relevo do desenvolvimento cognitivo do ser humano, pois ainda hoje o seu modelo teórico continua a dominar a investigação em psicologia do desenvolvimento. Para nós, treinadores e professores, foi importante o que Jean Piaget conseguiu, pois fez com que se acabasse com a conceção de que a adolescência da criança era semelhante à do adulto, o que para nós é importante, pois assim podemos perceber como é que longo das difrentes fases do desenvolvimento de quealquer índividuo deveremos atuar.
Piaget conseguiu, pois, revolucionar as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças. Utilizava um teste que designava de idade mental – onde proponha as crianças determinadas tarefas, medindo depois a sua inteligência. Conclui, então, que crianças das mesmas faixas etárias b erravam nas mesmas questões, pois a maneira como respondiam e raciocinavam era muito semelhante e que a inteligência era mais qualitativa do que quantitativa e que se precede ao pensamento, desenvolvendo-se por estapas progressivas que exigem processos de adaptação ao meio.
Este estabeleceu como prioridade o interesse pelas relações que se estabelecem entre o índividuo que conhece e o mundo que tenta conhecer o melhor que pode e consegue.
Assim, o desenvolvimento pressupoõe a maturação do organismo, bem como a forte influência do meio físico e social.
Fatores de desenvolvimento:
Segundo Piaget, na sua teoria psicogenética há fatores fulcrais para o desenvolvimento, fatores influenciadores e fator determinante.
Fatores influenciadores:     
Hereditariedade;
Experiência física;
Transmissão social;

Fator dominante:
Processo de equilibração, processo relativo entre assimilação (da experiência para a mente) e acomodação (da mente para a nova experiência).

Mecanismos de adaptação ao meio:

Assimilação, acomodação, adaptação e equilibração.
Assimilação
Consiste num mecanismo que integra ou incorpora novas informações e experiências em esquemas já existentes.
Acomodação
Consiste num mecanismo de adaptação de esquemas existentes quando as novas informações e experiências não podem ser assimiladas. Esquemas existentes vão-se modificar em função da experiência do meio.
Adaptação
Consiste num processo interno de equilíbrio entre o organismo e o meio. Interacção entre a assimilação e a acomodação.
Equilibração
A equilibração, então procura estabelecer um equilíbrio constante entre assimilação e acomodação.
No entanto, é de salientar que a formação do equilíbrio provoca novo desequilíbrio, que permite o desenvolvimento individual, a adaptação.


Piaget, como outros autores, dividiu o desenvolvimento cognitivo em estádios, estádios esses que colocam relevância na função inteletual do desenvolvimento.
1ºEstádio - Sensório-motor ou inteligência sensório-motora (0 aos 2 anos)
O estádio sensório-motor é de constante adaptação ao mundo exterior, é o estádio em que domina o desenvolvimento das percepções e dos movimentos, e em vez de palavras a criança serve-se destes organizados em esquemas de ação.  Este estádio, é sem dúvida, de inteligência prática.
Exemplo:
O bebé pega o que está à sua mão; “mama” o que é posto em sua boca; “vê” o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objecto, pega-lo e leva-lo a boca.

2º Estádio Pré-operatório ou pensamento pré-lógico (2 aos 7 anos)
Esta etapa é marcada pelo aparecimento e crescente uso da função simbólica ou semiótica e do pensamento. O pensamento é um conjunto de acções interiorizadas que representam a realidade, ainda, de forma muito superficial.
Exemplo:
Mostram-se à criança, duas bolinhas de plasticina iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de plasticina continue igual, pois as formas são diferentes. Não consegue, ainda, relacionar situações.


3º Estádio Operações Concretas ou pensamento lógico-concreto (7 aos 11 anos)
Nesta etapa do desenvolvimento cognitivo o pensamento se torna flexível e lógico, mas não consegue libertar-se da realidade concreta.
Exemplo:
Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de “refazer” a acção.

4º Estádio Operações formais ou pensamento lógico (dos 11 anos em diante)
Neste estádio de desenvolvimento cognitivo o pensamento já distingue o real do possível e torna-se lógicoe dedudutivo, pois o índividuo é capaz de tirar conclusão a partir de hipoteses que lhe são apresentadas.
Exemplo:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como “de grão em grão, a galinha enche o papo”, a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem duma galinha a comer grãos.
Desenvolvimento Cognitivo de Jean Piaget

No mundo moderno, muito provalvelmente, Piaget é uma das figuras de maior relevo do desenvolvimento cognitivo do ser humano, pois ainda hoje o seu modelo teórico continua a dominar a investigação em psicologia do desenvolvimento. Para nós, treinadores e professores, foi importante o que Jean Piaget conseguiu, pois fez com que se acabasse com a conceção de que a adolescência da criança era semelhante à do adulto, o que para nós é importante, pois assim podemos perceber como é que longo das difrentes fases do desenvolvimento de quealquer índividuo deveremos atuar.
Piaget conseguiu, pois, revolucionar as concepções de inteligência e de desenvolvimento cognitivo partindo de pesquisas baseadas na observação e em entrevistas que realizou com crianças. Utilizava um teste que designava de idade mental – onde proponha as crianças determinadas tarefas, medindo depois a sua inteligência. Conclui, então, que crianças das mesmas faixas etárias b erravam nas mesmas questões, pois a maneira como respondiam e raciocinavam era muito semelhante e que a inteligência era mais qualitativa do que quantitativa e que se precede ao pensamento, desenvolvendo-se por estapas progressivas que exigem processos de adaptação ao meio.
Este estabeleceu como prioridade o interesse pelas relações que se estabelecem entre o índividuo que conhece e o mundo que tenta conhecer o melhor que pode e consegue.
Assim, o desenvolvimento pressupoõe a maturação do organismo, bem como a forte influência do meio físico e social.
Fatores de desenvolvimento:
Segundo Piaget, na sua teoria psicogenética há fatores fulcrais para o desenvolvimento, fatores influenciadores e fator determinante.
Fatores influenciadores:     
Hereditariedade;
Experiência física;
Transmissão social;

Fator dominante:
Processo de equilibração, processo relativo entre assimilação (da experiência para a mente) e acomodação (da mente para a nova experiência).

Mecanismos de adaptação ao meio:

Assimilação, acomodação, adaptação e equilibração.
Assimilação
Consiste num mecanismo que integra ou incorpora novas informações e experiências em esquemas já existentes.
Acomodação
Consiste num mecanismo de adaptação de esquemas existentes quando as novas informações e experiências não podem ser assimiladas. Esquemas existentes vão-se modificar em função da experiência do meio.
Adaptação
Consiste num processo interno de equilíbrio entre o organismo e o meio. Interacção entre a assimilação e a acomodação.
Equilibração
A equilibração, então procura estabelecer um equilíbrio constante entre assimilação e acomodação.
No entanto, é de salientar que a formação do equilíbrio provoca novo desequilíbrio, que permite o desenvolvimento individual, a adaptação.


Piaget, como outros autores, dividiu o desenvolvimento cognitivo em estádios, estádios esses que colocam relevância na função inteletual do desenvolvimento.
1ºEstádio - Sensório-motor ou inteligência sensório-motora (0 aos 2 anos)
O estádio sensório-motor é de constante adaptação ao mundo exterior, é o estádio em que domina o desenvolvimento das percepções e dos movimentos, e em vez de palavras a criança serve-se destes organizados em esquemas de ação.  Este estádio, é sem dúvida, de inteligência prática.
Exemplo:
O bebé pega o que está à sua mão; “mama” o que é posto em sua boca; “vê” o que está diante de si. Aprimorando esses esquemas, é capaz de ver um objecto, pega-lo e leva-lo a boca.

2º Estádio Pré-operatório ou pensamento pré-lógico (2 aos 7 anos)
Esta etapa é marcada pelo aparecimento e crescente uso da função simbólica ou semiótica e do pensamento. O pensamento é um conjunto de acções interiorizadas que representam a realidade, ainda, de forma muito superficial.
Exemplo:
Mostram-se à criança, duas bolinhas de plasticina iguais e dá-se a uma delas a forma de salsicha. A criança nega que a quantidade de plasticina continue igual, pois as formas são diferentes. Não consegue, ainda, relacionar situações.


3º Estádio Operações Concretas ou pensamento lógico-concreto (7 aos 11 anos)
Nesta etapa do desenvolvimento cognitivo o pensamento se torna flexível e lógico, mas não consegue libertar-se da realidade concreta.
Exemplo:
Despeja-se a água de dois copos em outros, de formatos diferentes, para que a criança diga se as quantidades continuam iguais. A resposta é afirmativa uma vez que a criança já diferencia aspectos e é capaz de “refazer” a acção.

4º Estádio Operações formais ou pensamento lógico (dos 11 anos em diante)
Neste estádio de desenvolvimento cognitivo o pensamento já distingue o real do possível e torna-se lógicoe dedudutivo, pois o índividuo é capaz de tirar conclusão a partir de hipoteses que lhe são apresentadas.
Exemplo:
Se lhe pedem para analisar um provérbio como “de grão em grão, a galinha enche o papo”, a criança trabalha com a lógica da ideia (metáfora) e não com a imagem duma galinha a comer grãos.

Tarefas desenvolvimentais nos vários domínios da existência


Como o desenrolar da nossa vida, não e só a idade que avança, juntamente com ela as pessoas ganham experiencias e vivencias, amadurecem.
Mas então no que consiste a maturidade? A maturidade não tem idade para aparecer. É com o viver de experiencias boas e menos boas que a maturidade se desenvolve, com a perda de um familiar, com o nascimento de um filho mais cedo do que se esperava, sair de casa mais cedo para estudar e/ou trabalhar e ter outras responsabilidades que ate aí não tínhamos. É o passar por estas experiencias que vamos crescendo como pessoas e que vamos ganhando maturidade, vamos decidindo, ganhando sabedoria, integridade, entre outras coisas.
Mas será que a maturidade se desenvolve ao longo de toda a vida, ou será que tem um pico e depois vai decrescendo? Esta era uma pergunta que se fazia antigamente e que muitos respondiam que havia um pico e que depois ia decrescendo. Na nossa opinião, a maturidade e a capacidade intelectual não se perde. Com a idade vamos deixando de fazer coisas que antigamente fazíamos, mas este “deixar de praticar” destas coisas faz com que perdemos a pratica e parece que já não sabemos/lembramos fazer. E mesmo que deixamos de fazer certas e determinadas coisas, fazemos outras, que pessoas mais novas não têm oportunidade de fazer pois não tem mentalidade nem experiencias de vidas como as pessoas com mais idade. Por isso o desenvolvimento cognitivo não se perde.

http://www.youtube.com/watch?v=U1gvFJ99C-A

Desenvolvimento do adulto e o trabalho

Com o desenvolvimento do adulto, este procura a estabilidade na vida e para lhe dar estabilidade, para alem de um seio familiar é necessário arranjar um trabalho.
Nós, antes de escolhermos o que queríamos ser ou seguir no futuro fizemos, ou a maioria fez testes psico-técnicos, onde informavam-nos das áreas em que tínhamos maiores aptidões. E muitos de nós utilizou estes testes, para facilitar a escolha do seu futuro.
No que se trata de ter um emprego ou arranjar um trabalho, nota-se que existe mais homens empregados que mulheres e que as pessoas com menos de 16 anos cada vez é mais raro ver a trabalhar. Estes números que antigamente eram normais, por que as pessoas desistiam da escola e procuravam um trabalho e que as mulheres ficavam em casa a tratar dos seus afazeres domésticos, os homens iam trabalhar para ganhar o sustento da família, o chefe da família. Hoje em dia, com a escolaridade obrigatória, e com a igualdade de direitos, cada vez mais vemos as mulheres a trabalhar, com tantos direitos e deveremos como os homens, e existe cada vez mais pessoas a trabalhar com cursos profissionais ou superiores, o que obriga a uma vida de estudante até pelo menos aos 18.

Desenvolvimento da personalidade: Continuidade e mudança

Na fase adulta é normal que a personalidade se altere, ou seja, uma pessoa enquanto mais jovem e irrequieta que quer aproveitar a vida ao máximo torna-se mais pacata e sossegada.
Na fase adulta há um desenvolvimento da personalidade ou não. Muitas pessoas como referi anteriormente, alteram a sua personalidade e maneira de ser pelas experiencias vividas, deixando de ser tão eufóricas e de levar a vida ao limite, passando a ser pessoas mais conscientes, com responsabilidades, mais pacatas. Por outro lado é possível encontrar pessoas que pelos vistos a idade não passou por elas. Continuam a aproveitar a vida como se não houvesse amanha, mostrando não só na forma de ser mas também na forma de vestir.
Por isso dizemos que as pessoas que alteram a sua personalidade ao longo da idade, têm um desenvolvimento da personalidade em mudança, enquanto que as pessoas que continuam a aproveitar a vida, não ocorre o desenvolvimento da personalidade esperado ou habitual ou seja a sua personalidade mantêm-se continua em relação aquilo que já existia.

Benefícios psicológicos da actividade física do idoso


A actividade física e necessária para uma vida saudável. Isto também para as pessoas com mais idade.
A actividade física que vão ler a seguir devia ser realizada assiduamente por todos os adultos com idade mais avançada pois, só lhes traz benefícios se esta prática desportiva for bem feita.
Se esta, for bem feita e orientada, muitos problemas de saúde ficaram atenuados ou ate resolvidos, a toma de medicamentos será reduzida, mudança das características da personalidade, melhoria da capacidade física e das funções cognitivas e sócias, entre muitas outras coisas.

É preciso ter atenção que o exercício praticado não será o mesmo que um jovem pratica. Exercícios para a terceira idade são, pequenas caminhadas, algumas aulas de ginásticas ou mesmo aulas para pessoas da terceira idade, hidroginástica, (…).
Mas uma verdade actual é que apenas 3 por cento dos idosos é que praticam assiduamente a pratica de uma actividade física e 60 por cento não tem impedimentos para tal. Ou seja muitos idosos não praticam por sua opção, como por exemplo: sedentarismo, maus hábitos, depressão, (…).
Mas então como é que vamos fazer para que estas pessoas comecem a praticar exercício físico? Com esta idade, as únicas pessoas que estes adultos especiais dão ouvidos, normalmente são aos médicos. O médico pode dizer o que ele quiser que o utente vai realizar ainda no próprio dia. Logo se o medico diz que era conveniente a pratica de exercício físico, essa pessoa vai começar a fazer algo, nem que seja umas caminhadas no final do dia. Depois se tiver mais interesse pode inscrever-se em aulas para terceira idade, onde são aulas próprias para a idade e leccionadas por pessoal especializado.
Nestas aulas vão encontrar outra motivação talvez mais importante que a saúde, que é a interacção com outras pessoas da mesma idade, que provavelmente á muito tempo já não tinham.

sábado, 9 de junho de 2012

Métodos e técnicas em psicologia


VÁRIOS MÉTODOS
                Existem diferentes métodos de estudo em psicologia.
                O primeiro deles, que surgiu com o desabrochar da psicologia científica e com o estruturalismo, é a introspeção controlada. Consiste na apresentação de pequenos estímulos visuais ou auditivos a um conjunto de observadores treinados, que descrevem as suas emoções recorrendo a termos predefinidos e, posteriormente, isto é interpretado por uma equipa de psicólogos.
                Este método está já ultrapassado pois tem muitas limitações, mas serviu de base para outras técnicas e tem, numa vertente não científica, um importante papel na vida de cada um e na forma como tomamos consciência dos nossos actos.

                O método experimental constitui a base de toda a ciência, pois é ele que transforma as suposições em verdades ou não verdades. Passa por três fases críticas: 1. Formulação de hipóteses; 2. Experimentação; 3. Generalização. Muito utilizado no behaviorismo e gestaltismo.

                Outro método é o método clínico, este não pretende formular leis de comportamento como o anterior, apenas pretende tratar pessoas com problemas. Constitui-se pois por uma série de procedimentos, começando pelo diagnóstico que tem várias fases: 1. Anamnese (levantamento da história pessoal do paciente); 2. Entrevista (colocação de questões ao paciente); 3. Observação (estudo dos comportamentos do paciente no seu ambiente natural); 4. Testes (de personalidade, de modo a certificar as conclusões tiradas das três fases anteriores). A partir da confirmação da hipótese deduz-se qual o tratamento a desenvolver. Método muito utilizado pelo construtivismo.

                O método psicanalítico surge com Freud que estabeleceu um conjunto de procedimentos que nos podem fornecer informações sobre o inconsciente do paciente, responsável pelos seus distúrbios: 1. Hipnose; 2. Interpretação de sonhos; 3. Actos falhados; 4. Transferência (para a figura do psicanalista de sentimentos de ternura ou de hostilidade); 5. Associações livres (desenvolvida depois).


OBSERVAÇÃO E IMPORTÂNCIA DA OBSERVAÇÃO OCASIONAL PARA O PROFISSIONAL DO DESPORTO

                Falta-nos então falar sobre o método de observação, que pode ser sistemática, quando decorre de um determinado projeto de estudo, podendo depois ser laboratorial ou natural.
                Para além de sistemática, pode ser ocasional, não obedecendo a um plano predefinido, decorrente da vida corrente do psicólogo.

                Movendo o desporto as emoções e paixões que move, o profissional do desporto tem muitas vezes que assumir o papel de psicólogo, seja treinador ou professor, ou até um dirigente, tem que ter a capacidade de lidar com egos, entusiasmo, frustrações, nervosismo, que muitas vezes não são muito exteriorizados pelos atletas ou alunos, para que o seu trabalho seja bem sucedido. Há que saber observar o comportamento dos atletas/alunos também nesta perspetiva psicológica, e saber, depois, reduzir ou potenciar esses sentimentos, também muitas vezes nos jogadores adversários.

Desenvolvimento motor e sensorial na criança

O desenvolvimento sensório-motor é considerado, pelo construtivismo de Piaget, a 1ª fase da formação da criança, que dura deste o nascimento até ao 18º mês de vida. A criança procura adquirir controlo motor e aprender sobre os objetos físicos que a rodeiam. Esse estágio chama-se sensório-motor, pois o bebé alcança o conhecimento por meio de suas próprias ações que são controladas por informações sensoriais imediatas.


Desenvolvimento Motor

                 A imagem que se segue, mostra as etapas do Desenvolvimento Motor de uma criança no momento em que ela começa a gatinhar, até à sua autonomia para se por em pé.

No desenvolvimento motor  observamos as mudanças no comportamento motor que envolve tanto a maturação do sistema nervoso central,  como a interação com o ambiente e os estímulos dados durante o desenvolvimento da criança.

- Progressão Céfalo-caudal - o desenvolvimento motor segue uma progressão partindo da cabeça, seguindo da cintura escapular, abdominal, pélvica até aos membros inferiores. É necessário um ano para a criança alcançar uma mobilidade dependente.

Ex.: o período neonatal, os bebés controlam primeiro a musculatura da cabeça, pescoço e tronco e só mais tarde das pernas e dos pés; 

- Progressão próximodistal - controle da musculatura do centro do corpo às extremidades. Acontece em relação aos processos de crescimento do corpo e nos ganhos de habilidade motoras. 

Ex.: a criança ganha mais depressa controle no tronco do que nos pés ou mãos..

- Progressão da ação concentrada para específica - movimentos como pegar em objetos tornam-se fluidos, uma vez que o bebé já tem em  conta as características do objeto e do ambiente em questão.


Desenvolvimento Sensorial 

Os sentidos de uma criança, nomeadamente o paladar, o olfato, a audição e a visão, não lhe são inatos à nascença, a criança passa por vários processos de adaptação para os desenvolver. A este conjunto de processos dá-se o nome de Desenvolvimento Sensorial.

Há três sentidos que o bebé desenvolve ainda no período de gestação dentro do útero. São eles o paladar, que é notório desde cedo, pois criança alimenta-se do leite da mãe e sabe distinguir o seu sabor, por exemplo, se lhe derem água, o bebé recusa porque nota a diferença.

O olfato é também um destes três sentidos que se desenvolvem cedo, ainda no período embrionário o recém-nascido consegue distinguir odores experienciados pela mãe. A audição é o terceiro destes sentidos que se desenvolve ainda no útero. Quando nascem, os bebés já possuem audição, suficientemente apurada para serem capazes de descriminar o que gostam de ouvir sendo que no topo da lista de preferências está a voz da mãe.

Quanto à visão, ela é muito primitiva no nascimento, uma vez que é a única que não recebe estimulação durante a gestação. Assim sendo, à nascença a criança consegue ver, no entanto só consegue distinguir manchas que são a preto e branco, não conseguindo focar os olhos. A definição das formas só acontece com o passar do tempo, à medida que também a distinção das cores começa a ser-lhe possível, mas só com um ano de idade é que o bebé consegue coordenar o movimento dos olhos com os movimentos do corpo.


                Atualmente, os pais não têm tempo necessário para estarem com os filhos devido às cargas horárias de trabalho que são sujeitos diariamente e recorrem, por vezes, às ajudas de professores que se encontram em cresces e escolas.  No meu ponto de vista é importante para um professor, tal como os pais, saberem como lidar com uma criança recém-nascida e durante os seus primeiros meses de desenvolvimento, pois é nesse período que observamos uma mudança de comportamento motor que envolve tanto a maturação do sistema nervoso central,  como a interação com o ambiente e os estímulos dados durante o desenvolvimento da criança. Portanto, o papel dos país é acompanhar esse desenvolvimento do filho para a prevenção de atrasos do seu crescimento motor. Não estando os país a acompanhar a criança, é obvio que o professor nessas alturas têm que se comportar como um educador secundário e por isso a importância de se saber bem estas etapas de desenvolvimento motor e sensorial da criança.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Conhecimento Científico vs Conhecimento Senso Comum

Muita gente pensa que senso comum é o saber dos que não estudam a fundo os temas, dos que não investigam sistematicamente… Senso comum não é característica de uma pessoa ou grupo de pessoas, está presente em qualquer um, até o mais reconhecido dos cientistas possui senso comum.

O senso comum é um saber que nasce da experiência quotidiana, da vida que os homens levam em sociedade. Tudo o que necessitamos para podermos orientar-nos no dia-a-dia (como comer à mesa, acender a luz de uma sala, como fazer uma chamada telefónica, apanhar o autocarro) constitui o senso comum. É algo que se adquire quase sem se dar conta, desde a mais tenra idade.

O senso comum é:
1.       Subjectivo;
2.       Imediato e direto (interpretações a partir dos aparelhos sensoriais, das motivações e esquemas culturais);
3.       Diverso e heterogéneo (varia em função do sujeito que o elaborou);
4.       Dogmático e não crítico;
5.       Empírico;
6.       Assistemático;
7.       Ametódico;
8.       De carácter coletivo (partilhado por uma sociedade);
9.       Superficial.
E, por vezes, são formuladas considerações como: i. Um jovem chega ao mundo com um sentido inato do bem e do mal;  ii. As crianças ruivas têm temperamentos mais explosivos do que as loiras;  iii. As crianças-prodígio têm tendência a ser fisicamente fracas e inadaptadas; iv. Os lábios finos são sinal de crueldade numa criança; entre outras.

São considerações, por vezes, que determinado grupo acredita por lhe ter sido mostrada no dia-a-dia. Pode ser verdade algumas vezes, como o contrário também será verdade diversas vezes, não se podendo, nesse caso, formular uma regra.

A ciência, por sua vez, é menos crédula e procura através do raciocínio frio e dos métodos experimentais a comprovação daquilo que os sentidos nos mostram.
Podemos definir o conhecimento científico como:
1.       Objectivo;
2.       Sistemático;
3.       Rigoroso e homogéneo;
4.       Aberto (processo em constante revisão);
5.       Racional;
6.       Verosímil;
7.       Polémico (contraditório face às teses do senso comum);

O seu dinamismo faz o conhecimento evoluir e acaba por fecundar o conservadorismo do senso comum, dando-lhe, por vezes, novas ideias difíceis de aceitar, mas que aos poucos se vão enraizando.

Assim, ciência e senso comum constituem dois pólos de um mesmo fenómeno: o conhecimento. Diferentes, mas indissociáveis. Andam sempre de mãos dadas, oferecendo evolução uma à outra.